O tema mais quente no mundo digital vem sendo discutido, cada vez mais, nas organizações dos mais diversos setores: a Inteligência Artificial (IA). E muitos encontros entre líderes e profissionais de tecnologia vêm buscando compartilhar insights sobre como a IA pode impulsionar a inovação inclusiva.
Como as organizações usam a IA hoje
Surpreendentemente, muitos estudos e relatórios ainda apontam para índices muito baixos de uso ativo da IA nas operações diárias de Organizações. Mas o que é IA exatamente? Quando pensando mais em IA generativa – que pode gerar novos conteúdos como imagens, vídeo, texto, música, fala, design de produtos e código de software que parecem ter sido feito por humanos – acabamos esquecendo que a IA existe há muito tempo, apoiando as empresas com chatbots, filtros de spam, revisão, tradução, curadoria e recomendações de conteúdo ou algoritmos de pesquisa preditiva, para citar apenas alguns exemplos. E muitas vezes deixamos de reconhecer estas ferramentas como IA. Ou seja, a porcentagem real de empresas que usam IA é provavelmente muito maior do que pensamos.
Direcionando riscos e benefícios da IA
Para as organizações em geral, isso significa que já está mais do que na hora de implementar diretrizes sobre o uso da IA no trabalho. E uma das principais diretrizes deve ser a atenção plena para os dados com os quais você alimenta suas ferramentas de IA. As tecnologias geralmente coletam grandes quantidades de informações, causando problemas potenciais de segurança e privacidade de dados. Para mitigar os riscos, regulamentos rígidos de segurança digital precisam ser implementados e as pessoas devem ser treinadas no manuseio seguro de informações. Uma segunda responsabilidade essencial é o pensamento crítico ao interpretar os resultados. A falta de transparência nos dados com os quais uma IA é treinada ou em como chega a uma conclusão, pode representar riscos prementes – especialmente nos processos de tomada de decisão – e pode levar a resultados indevidamente direcionados.
IA para Inovação Inclusiva
Investir em diversidade no treinamento de IA não apenas reduzirá a discriminação, mas também levará a novas perspectivas e inovações inclusivas. Foi o que aconteceu, por exemplo, no caso da engenheira de software da Microsoft Swetha Machanavajhala, surda desde o nascimento, que construiu o recurso de desfoque de fundo no Microsoft Teams e Skype, simplesmente para que pudesse ler melhor os lábios dos parceiros de conversa. Agora, este é um dos recursos de IA mais usados nessas plataformas por grande parte das pessoas em geral.
Ana Gretland
Ana Gretland, CEO do Grupo FotoWare, participa da CEO roundtable – uma iniciativa da ODA Nettverk, uma rede para mulheres profissionais de TI, iniciada em 2006, quando um grupo de mulheres da Microsoft e da indústria de TI organizou o primeiro “Inspirational Day” na Microsoft. Desde então, a rede cresceu muito e hoje conta com mais de 10 mil membros. A ODA organiza iniciativas como reuniões, programas de mentoria, workshops e outras iniciativas visando aumentar a diversidade em todos os níveis do setor de TI.
A atual líder da ODA Netwerk, Kine Dahl (no centro) com Anne Gretland (à direita) e Kristine Hofer Næss (à esquerda), cofundadoras e ex-líderes da ODA.
Artigo original: https://www.fotoware.com/blog/driving-innovation-with-ai